O universo é regido por leis universais parece-me bastante óbvio do meu ponto de vista. Agora, quantas, quais são e como funcionam essas leis é a verdadeira questão. Posso afirmar que nessas leis está presente a vontade suprema do universo e de tudo o que existe. Essas leis são os fundamentos da criação e estabelecem o fluxo da vida em todo o cosmos. As leis universais são os pilares da criação e regulam os movimentos e atividades tanto da vida humana quanto de todo o cosmos. Elas indicam o caminho a seguir, visando o nosso aperfeiçoamento e evolução. Cumprem esse supremo objetivo porque nelas está plasmada a vontade do Criador, que estabelece a evolução integral e permanente do ser humano. Para que poder alcançar a evolução é imprescindível termos consciência dessas leis.
Toda a criação é governada por leis, e os princípios que operam no mundo físico estudados pela ciência são as leis naturais. Por outro lado, desde sempre todas as sabedorias e conhecimentos espirituais revelaram leis subtis, que dizem respeito ao plano espiritual e à dimensão da consciência. De acordo com essa sabedoria, a verdadeira natureza da matéria está contida nestas leis energéticas. Conhecê-las e praticá-las deve ser o objetivo de todos que vivem de forma consciente. Muitos mestres Zen dizem “Conhece as leis e sê livre”.
Utilizar as leis de forma consciente é uma experiência maravilhosa e uma grande aventura. Digo muitas vezes que as leis fazem-nos sentir que podemos plantar sementes com as nossas intenções e vê-las gradualmente a tomar forma. O ser humano caminha num longo processo evolutivo, e todas as nossas escolhas passadas condicionam o nosso presente, pela positiva ou não. A grande maioria dessas escolhas é inconsciente, e estudos atuais confirmam que aproximadamente 90% do que criamos na nossa vida, trazemos de forma inconsciente (os nossos hábitos, automatismos, padrões inconscientes de resposta ao meio). Por isto, atraímos tantas vezes para a nossa vida, circunstâncias de que não gostamos. São consideradas a lei da atração e a lei da criação consciente, juntas em ação.
A lei da atração:
“A nossa vibração energética atrai uma outra vibração energética semelhante.”
A lei da atração é uma consciência espiritual de que a mente humana e o universo estão conectados pela força do pensamento de cada indivíduo. Este conhecimento já é partilhado por diversas gerações ao longo da história. De acordo com a experiência e a reprogramação neurolinguística, a lei da atração não é algo que pode ser ativado ou desligado quando a pessoa bem entender. Temos também a consciência que esta lei só funciona, se houver uma recetividade em a receber.
Caso pense “Será que funciona?”, noto que essas pessoas já determinam que ela não irá funcionar. É necessário esquecer esse tipo de pensamento, não utilizar essas afirmações negativas de que as coisas são complicadas e não dão certo para si. A nossa mente deve ser reprogramada para que as coisas comecem a funcionar.
Vou dar alguns exemplos em seguida. Quando alguém deseja comprar um carro, por exemplo, o primeiro passo é ir à concessionária, sentar dentro do carro e pedir para que alguém tire uma fotografia para visualizar a si mesmo, ver se combina com o carro, se aquele veículo que deseja. Após isso, deve diariamente visualizar dentro daquele automóvel, e imaginar no presente já com carro, mesmo não o tendo. Assim, dessa forma, a lei da atração, com as suas potentes vibrações, fazem com que o seu desejo comece a tomar forma, e a criar as condições perfeitas para ser realizado o seu desejo. Agora também é possível atrair a sorte, com a lei da atração. Tantas vezes queremos algo e, ao olhamos para o nosso bolso, e pensamos que não temos o dinheiro suficiente para aquilo que desejamos. Mas deve-se pensar justamente o oposto. Que é possível, até mesmo, ganhar esse dinheiro no euromilhões, por exemplo. Emanando esse pensamento para o universo, esse responde afirmativamente conectando com o meu desejo.
É necessário sentir e vibrar todos os detalhes, até a sua mente passar a ver aquilo de forma efetiva, e trabalhe e se movimente para que isso aconteça. Experimentar esta lei e aplicar na sua vida, acredite que irá trazer muitas e boas surpresas à sua vida.
A lei da criação consciente:
“Criamos a nossa própria realidade (o que está fora é um reflexo do que está dentro). Devemos assumir a nossa responsabilidade pela nossa vida, felicidade, saúde, etc... em vez de responsabilizarmos os outros (os médicos, terapeutas, advogados, pais, governantes) ou o mundo à nossa volta. “
Posso afirmar agora, que precisamos entrar em contacto connosco, olhar para a nossa essência interior, pensamentos e emoções e viver de uma forma plena. Todos nós nascemos para ser felizes e viver em plena abundância com a vida, somos um espelho do nosso interior. O problema, porém, é que vivemos sempre na ilusão e na expectativa que criamos somente através do esforço físico, e quando não atingimos o objetivo, ficamos frustrados. É importante despertar o potencial interno do ser humano, para alcançar a realização do que deseja. Toda a criação começa na mente, e tudo o que vivenciamos no plano físico, acontece antes no plano mental, ou seja, toda a realidade na sua vida aconteceu primeiro na sua mente, e depois se manifestou, seja de forma consciente ou não, na sua realidade exterior.
Quando compreende essa lei e passa a exercer controlo sobre os seus pensamentos e emoções, então passa a conseguir mudar a realidade da sua vida. Nada está parado, tudo se move, tudo vibra, e todo o movimento do Universo é vibratório, toda a matéria é feita de átomos e moléculas que vibram constantemente, nada está parado, tudo é energia em movimento. Por tanto, todas as nossas emoções, pensamentos, sentimentos, tudo vibra. Compreendendo esse princípio, deve mudar os seus resultados, alterando a sua vibração.
E quando algo está errado na sua vida, é necessário compreender o que é. Nada acontece sem uma razão, tudo vem por um motivo interior e gera um resultado exteriormente. Tudo que o fizer voltará para a sua vida, então, se quer amor, emane amor, se quer honestidade, seja honesto. Assim, recebe plenamente tudo o que interiormente, foi criado.
A lei da permissão:
“Permitir-nos receber aquilo que desejamos - a energia universal é infinita (não tem limites); e o universo é abundância.”
Consegue imaginar uma vida sem sonhos? Por mais realizada que uma pessoa seja, a vontade de procurar novos desafios, objetivos e desejos é o que move um projeto pessoal. Cada pessoa tem na sua natureza a necessidade de construir, de criar algo. A definição mais simples de projeto pessoal é um processo ou objetivo que gere satisfação e motivação a um profissional fora do seu trabalho, tendo ou não relação com ele. Pode ser a execução de uma nova ideia, um hobby ou uma viagem, etc. Ter esse propósito extra permite que uma pessoa explore novas possibilidades e alcance os sonhos que talvez não possam ser cumpridos dentro da sua vida atual.
Geralmente, o seu objetivo principal é conseguir algum tipo de realização, seja ela financeira, espiritual ou psicológica, dando um propósito a mais à vida sem perder a segurança da atividade principal. É algo que vai contribuir para viver melhor. A forma como um projeto pessoal acontece vai variar muito de acordo com cada pessoa e objetivo. Mas os elementos em comum são motivações, determinação e boas metas. Imagine que quer testar uma nova ideia de um projeto espiritual. Qual é o objetivo final? Que ele se torne viável? Que ele seja validado? Essa meta será como a sua estrela-guia: estará sempre visível para apontar o caminho. Se o caminho para lá chegar, imaginar uma escada com mil degraus, a parte mais desafiadora é subir o primeiro. Se possível, permita-se também acreditar que é merecedor, e que para chegar ao objetivo final o universo vai criar as condições favoráveis ao seu redor. Essas pequenas recompensas antes do grande prémio para manter a motivação. Não defina prazos, pois uma gestão do seu projeto, aponta para um simples caminho: vai acontecer.
O importante do projeto pessoal muitas vezes é a jornada, acreditar que algo merecedor vai chegar à sua vida, e bastando isso, e o desejo de realização do seu projeto pessoal, então entra na linha de consciência do universo. Então, se prepare para receber isso na sua vida sem restrições.
A lei da liberdade de escolha:
“Escolhemos o nosso caminho, ouvimos a nossa voz interior e respeitamos a liberdade de escolha dos outros.”
A vida é feita de escolhas, e cada um de nós é confrontado, diariamente, com múltiplos momentos em que precisamos de decidir. Desde que acordamos, até ao que iremos vestir, até ao que iremos comer, até à forma como iremos trabalhar, o que iremos fazer, passando pela tomada de decisão de comprar um carro, uma casa, uns sapatos, uma oportunidade de negócio, mudar de emprego, optar por um curso, decidir emigrar, inscreverem-nos num clube de futebol ou ir à praia. São múltiplas as escolhas que podemos tomar, e em liberdade. Somos livres para escolher, mas prisioneiros das consequências que daí resultarem, pois é uma frase intemporal e que espelha bem a tomada de decisão. Vivemos num tempo de escolhas, e muitas vezes sentimo-nos mal porque não fizemos, ou podemos não ter feito a escolha certa. Mas com tantas opções disponíveis, se não escolhemos bem, a culpa é nossa.
Esta ideia de que o excesso de opções gera infelicidade é defendida por muitos espirituais, que acreditam que a liberdade de escolha também nos coloca num sentimento de angústia. Pois bem, escolher é ter que lidar com a responsabilidade. A escolha nos implica em assumir os nossos atos, por isso é mais fácil o “eu não tive culpa” ou “eu não tive escolha,”, mas isso é uma tentativa inútil de não ter que lidar com a responsabilidade, pois de uma forma ou de outro eu tenho que escolher, e escolhas requerem renúncias, por vezes deixar algo é custoso, não é mesmo?
Essa liberdade de escolha pode colocar-nos em tensão, em divisão, a ponto de ficarmos em círculos viciosos, aguardando uma decisão, sabotando a nossa própria vida, pois ao escolher eu tenho que necessariamente lidar com a responsabilidade da minha escolha. Desta forma, muitas vezes temos um movimento de querer que a outra escolha por nós, jogamos para o universo, jogamos ao acaso, acreditamos que isso nos isenta da responsabilidade, “se não der certo a culpa foi do outro”.
O importante não é aquilo que escolhemos, e como fazemos, mas sim a escolha em si. Mesmo que a posterior verifique que essa escolha não foi a mais acertada, tem sempre a possibilidade de escolher novamente. O mais interessante desta lei, é que nos permite escolher e voltar a escolher em caso de um erro, e a vida segue o seu percurso normal de vivência. Retificar, ajustar e corrigir, será sempre a sina humana neste mundo de descobertas das leis universais. Por isso, hoje eu escolho.