
O texto de Sérgio Silveira é uma reflexão sobre a bondade e as suas potenciais consequências negativas nas esferas pessoal e financeira, citando estudos científicos que ligam a personalidade afável a dificuldades na vida adulta. O autor adverte os leitores a estarem conscientes dos riscos, mas sem deixar de ser bondosos. Sérgio Silveira discute a ideia controversa de que ser excessivamente bondoso e generoso pode complicar a vida de um indivíduo, especialmente nas áreas financeira e sentimental, apoiando-se em investigações científicas.
I. Achados dos Estudos sobre Bondade
Sérgio Silveira cita estudos da Universidade de Columbia (EUA) e do King's College London (Reino Unido) que observaram uma correlação entre personalidade afável e dificuldades na vida:
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Resultados Negativos: Uma personalidade agradável e bondosa pode estar relacionada com resultados financeiros negativos e deceções pessoais.
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Risco de Falência: Numa experiência citada, pessoas particularmente bondosas têm um risco 50% maior de declarar falência.
II. A Causa da Relação (Visão do Autor)
Sérgio Silveira oferece uma explicação para esta relação entre bondade e dificuldades financeiras/pessoais:
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Prioridade de Valores: As pessoas mais bondosas importam-se menos com dinheiro, o que aumenta o risco de má administração financeira.
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Desequilíbrio Emocional: Pessoas afáveis muitas vezes não sabem lidar bem com as suas emoções em dar e receber, resultando num desequilíbrio.
Tendência: "Dão em excesso e arriscam a receberem pouco."
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"Cegueira": A bondade pode ser vista como uma "cegueira" que dificulta a perceção de que a ação não trará nenhum benefício a longo prazo.
III. O Conselho Final
Embora o autor não aconselhe a deixar de ser bondoso, ele alerta para a necessidade de consciência e vigilância:
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Consciência do Risco: As pessoas bondosas devem estar alertas a essas probabilidades de dificuldades financeiras e sentimentais, que podem acarretar problemas de saúde a longo prazo.
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Ação Consciente: Devem estar conscientes das suas consequências futuras, relacionadas com as suas ações emocionais do presente.
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Sabedoria Popular: O autor invoca o provérbio: "Não deixe de ser bondoso, mas veja a quem, lá diz o ditado."