O texto de Sérgio Silveira é um debate sobre o reconhecimento do Reiki como uma terapia válida em Portugal e a controversa questão da monetarização (cobrança) dos serviços de Reiki. O autor contrapõe uma visão idealista e não-materialista com a necessidade de profissionalismo, estrutura e validação científica para o reconhecimento oficial. Sérgio Silveira relata uma discussão sobre os requisitos para que o Reiki seja reconhecido como uma terapia complementar legítima em Portugal, defendendo a necessidade de organização, ética e compensação monetária.
I. As Duas Perspetivas em Conflito
| Perspetiva (Argumento) | Visão "Amor em Ação" (Contrariada pelo Autor) | Visão Profissional (Defendida pelo Autor) |
| Reconhecimento | O Reiki será reconhecido automaticamente pela ajuda do "Universo" e por ser "amor em ação". | Deve ser reconhecido através de trabalho conjunto, mostrando as suas vantagens à saúde. |
| Ética e Regras | Regras, condutas e formações que levam dinheiro estão "em desarmonia com essa energia". | Necessidade de códigos éticos, regulamentos e ensino profissionalizado. |
| Monetarização/Cobrança | Não se deve cobrar dinheiro. É uma "troca" e tudo o que é ligado ao material é "coisas de homem". A pessoa deve fazer voluntariado. | Terapeutas e Mestres devem ser compensados monetariamente pelo seu trabalho (tempo e dinheiro investidos) e para a sua sobrevivência. |
II. Argumentos do Autor para o Reconhecimento
Sérgio Silveira, como Mestre que depende do Reiki para o sustento familiar, defende que a validação do Reiki requer um esforço metódico e profissional, tal como outras terapias complementares.
1. O Caminho para a Validação:
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Responsabilidade: É responsabilidade dos praticantes mostrar que o Reiki é uma terapia válida.
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Vantagens para a Saúde: O reconhecimento virá das vantagens que o Reiki traz à saúde (citando o projeto da enfermeira Zilda Alarcão em Portugal como primeiro passo).
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Estrutura e Métodos: Para ser adaptado ao sistema de saúde, é preciso organizar, estruturar e criar métodos válidos que sejam aceites.
2. Precedentes Históricos:
O autor compara a luta do Reiki com a de outras terapias que alcançaram o reconhecimento legal em Portugal (Decreto-Lei 45/2003) através de trabalho científico e metódico, incluindo:
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Acupuntura
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Homeopatia
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Osteopatia
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Naturopatia
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Fitoterapia
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Quiropraxia
3. Profissionalização da Formação:
Para que a terapia seja vista como válida, as formações terão de ser acreditadas por algum organismo nacional.
III. Conclusão Final (Reiki como Terapia, não Apenas Amor)
Sérgio Silveira expressa desilusão com a minoria que ainda vê o Reiki apenas como "energia de Amor" e que despreza a componente material e profissional.
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O Erro: Distorcer o Reiki, tratando-o apenas como algo "colorido e cheio de palavras bonitas," e ignorar a sua postura filosófica e as técnicas terapêuticas ligadas à saúde.
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A Advertência: Sem conhecimento, desenvolvimento e acompanhamento, e com a falta de profissionalismo e cobrança, o autor e muitos outros não acreditam que o Reiki tenha um futuro "certo" de reconhecimento pelos organismos oficiais.
